Você quer aprender um pouco mais sobre tipografia? Nesse post, vamos te mostrar a importância desse estudo para o mundo do designer. Confira!
Sem dúvidas, a tipografia é um dos elementos mais importantes do design, pois é a partir dela que os seus textos vão se encaixar aos conceitos, ideias e o público que pretende atingir.
A sua aplicação possui uma abrangência enorme! E seu conhecimento é de extrema importância para criação de peças informativas que tenham texto como foco.
Afinal, o que é tipografia?
Tipografia, na nomenclatura correta, é a impressão dos tipos (como são conhecidas as fontes).
Porém, como a maior parte da escrita hoje é feita digitalmente, esse significado caiu em desuso e passou a abranger todo o estudo, criação e aplicação dos caracteres, estilos, formatos, etc.
Por serem a base da comunicação escrita, os tipos precisam ser adequados à mensagem que você deseja comunicar, a maneira como você deseja passar essa mensagem, à sua disposição com os demais elementos gráficos e, claro, à sua boa legibilidade.
E a tipologia?
Já tipologia é o estudo dos tipos, uma necessidade que aumenta a cada dia, com a enorme variedade de fontes existentes e o tanto que isso influencia na percepção e identidade de uma marca.
Apesar disso, hoje em dia é mais comum usarmos o termo tipografia também para o estudo, já que o processo de impressão não existe mais (ou, talvez, não seja muito utilizado).
História da tipografia
Há 5.000 anos, muito antes de usarem alfabetos, os habitantes pré-históricos da Península Ibérica identificavam os membros das suas elites gravando desenhos em placas de xisto, que seria uma solução original e uma boa introdução aos sistemas mais complexos que vieram depois.
A tipografia (do grego typos — “forma” — e graphein — “escrita”) é o processo de criação na composição de um texto, física ou digitalmente.
Ela vem evoluindo desde a invenção dos primeiros tipos, por volta de 1450. Desde então, se tornou uma arte, estudada e apreciada, além de ser um item básico no dia a dia dos designers e artistas gráficos.
Já no século XV, provavelmente o século de maior importância na história da tipografia, esta surgiu como sinónimo de impressão.
A difusão da tipografia deve-se à invenção do alemão Gutenberg. A partir da revolução tecnológica operada por Gutenberg, a escrita passou a ficar duradouramente fixada em letras de chumbo.
Assim, em vez de manu-scritos, passou-se a dar uso à tipo-grafia. A partir de então, foram os mestres tipógrafos que orientaram a evolução das letras.
Com a fundição de tipos, passaram a existir letras fundidas (de founts – «fontes»). A invenção de Gutenberg permitiu o desenvolvimento da língua, cultura e das ciências por toda a Europa.
O século XVIII foi, igualmente, um século deveras importante na história da tipografia.
O chamado século das luzes foi, de facto, uma época de ouro para a tipografia, na medida em que atribuiu ao livro impresso um dos elementos fundamentais para o avanço intelectual e social.
A tipografia britânica aparece como novo fator comercial na concorrência das potências da Europa. No início do século XIX a revolução industrial trouxe inovações importantes na tecnologia impressa.
No século XX nasce a composição controlada por computador, através de montagens virtuais, que resultam na chapa para impressão, com a vantagem de eliminar a etapa das montagens em filme.
No início do século XXI, já existe a impressão digital, isto é, a impressão é feita diretamente do computador.
Classificação das fontes
Existem 4 classificações primárias de estilo, nos quais a grande parte das fontes existentes se encaixam. São elas:
Sem serifa;
Com serifa (serif);
Cursivas e manuscritas (Script);
Decorativa (Dingbat).
Sem serifa
As primeiras letras sem serifa, surgiram por volta de 1820. Na Alemanha elas eram chamadas de Steinsschriften ou Grotesk, por sua falta de estética.
No início, eram utilizadas para corpos grandes, eram destinadas para confecções de cartazes e outras utilizações de textos curtos e não textos corridos, como a Verdana.
Com serifa
Fontes com serifas possuem pequenos traços aplicados nas extremidades das letras. É importante lembrar que não existe apenas um tipo de serifa.
Com o caráter ornamental e estético, fazia com que as fontes sem serifas eram ditas como “fontes sem estética”.
A serifa tem aspectos funcionais importantes que guia os olhos de uma letra para outra facilitando a leitura, sendo assim, uma fonte utilizada para textos corridos, como a Times New Roman.
Cursiva e manuscrita
As fontes cursivas e manuscritas são as que mais se aproximam da escrita humana. Elas passam uma grande sensação de humanização.
Geralmente elas são usadas em convites de casamento, onde passam um sentido de sofisticação. Por serem bem detalhadas, elas não são aconselháveis para textos longos. Por exemplo, a fonte Embassy.
Decorativas
São fontes comemorativas, mais enfeitadas, que podem trazer no alfabeto símbolos e figuras, como animais e objetos, ou remetem à ideia de festa, quadrinhos, tecnologia, etc.
São exemplos de fontes decorativas: Rosewood, Old English.
Cada estilo comporta inúmeras famílias de fontes diferentes. Hoje em dia, com a tecnologia digital, é praticamente impossível contar o número de tipos, que cresce exponencialmente.
Cada família, por sua vez, pode abrigar algumas ou todas as variações: Thin, Light, Regular, Medium ou Semi Bold, Bold e Black ou Extra Bold (todas com a variação em Itálico também).
Algumas famílias também possuem variações de largura para seus caracteres: Condensado, Regular ou Estendido.
Por isso, tente evitar de alongar ou contrair a fonte manualmente em softwares de edição, já que pode deformar o tipo completamente. Use somente as variações que já vêm por padrão.
Classificação tipográfica por enquadramento histórico
Com serifa
Humanista
Se originaram no século XV e XVI, e se assemelhavam a caligrafia clássica. São bem conectadas ao movimento das mãos e da pena do papel. São exemplos, fontes Centaur e Jenson.
Transicionais
Possuem um eixo mais vertical e serifas mais “desleixadas”. Surgiram durante a transição da tipografia humanista e moderna. São exemplos, fontes Baskerville e Caslon.
Modernas
Ganharam destaque a partir do século XVIII. São caracterizadas pela substituição da pena humanista pela pena metálica, que garantia maior precisão ao escritor.
Existe o contraste entre os traços grossos e os mais finos em uma mesma letra, além das serifas mais retas e finas, como nas fontes Bodoni e Didot.
Egípcias
Essas foram feitas principalmente para utilização em cartazes. As fontes egípcias se expandiram ao longo do século XIX.
São fontes bem mais pesadas, assim como suas serifas que possuem, na maioria das vezes a mesma largura de suas hastes.
Esta categoria nasceu juntamente com os primeiros cartazes publicitários. Neste período fontes decorativas foram criadas para chamar a atenção do público por volta do século XIX.
Sem serifa
Humanistas
Mesmo que não possuam mais serifas, são tipografias baseadas em características humanistas. Como o fato da terminação das letras nem sempre terem linhas com ângulos de 90º, costumam ter o eixo vertical.
Suas curvas são leves e, em alguns casos, o remate da letra “a” lembra o final de um texto escrito em pena.
Transicionais
Esses tipos possuem um estilo reto e uniforme, parecido com os das letras transicionais serifadas.
É muito usado no mundo todo, pois é básico e serve para muitas situações como um título, ou escrever um texto mantendo uma alta legibilidade.
Geométricas
São fontes originadas de formas geométricas como o círculo, quadrado e triângulo. Este tipo de fonte geralmente são “afiadas”.
A e M possuem os topos de suas letras em forma de triângulos e os O e Q são formados a partir de círculos exatos.
Um exemplo é a fonte Futura, criada na época da 1ª Guerra Mundial. Ela tem uma percepção fria, quase sem expressão, são cantos de ângulos perfeitos, interiores com círculos perfeitos e pontas com triângulos bem afiados.
Medidas tipográficas
Linha de caixa alta é a altura correspondente às letras em caixa alta (A, B, C etc).
Ascendente é a linha que acompanha a altura dos caracteres b, d, f, h, k, l e t. E é a altura máxima do corpo da fonte.
Linha de base é a linha na qual a maioria dos tipos (com exceção das partes descendentes) tem como base.
Descendente é a linha que acompanha quão abaixo da linha de centro as letras g, j, p e q vão.
E não tem regras apenas para a altura do caractere não. Existem medidas conhecidas como leading, tracking e kerning.
Leading: distância entre linhas;
Tracking: distância entre palavras;
Kerning: distância entre caracteres.
Tipografia – Impactos positivos para sua marca
A tipografia é uma ferramenta de extrema importância para a construção da sua marca. Isso porque, ela é capaz de representar graficamente valores e posicionamento da empresa.
Além disso, ela despertará sentimentos, sejam eles positivos e as diferentes percepções do público. Por isso, mal utilizá-la pode te prejudicar muito e acabar com a sua estratégia.
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